MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO PARA CRIANÇAS COM AUTISMO E OUTRAS DEFICIÊNCIAS
Por acaso vocês já ouviram falar sobre os métodos de alfabetização no autismo e como eles podem influenciar o desenvolvimento das crianças que vivem com a condição? Muitas pessoas, mesmo aquelas que têm familiares sob o diagnóstico do TEA (Transtorno do Espectro Autista) podem ter dúvidas acerca da maneira que profissionais encontram para alfabetizá-los.
A preocupação não é em vão, pois a forma de como esse pequeno será submetido às técnicas de aprendizagem é determinante para o seu desenvolvimento pedagógico e pessoal. Isso significa que quando a criança percebe o seu próprio progresso e é devidamente estimulada para tal, ela demonstra mais autoestima diante dos desafios.
Para que ela consiga alcançar as habilidades necessárias para sua alfabetização, é preciso que haja a estimulação adequada. Uma que podemos ressaltar aqui é a metodologia fônica, pois ela é completa de forma suficiente a garantir o aprendizado do aluno com autismo. Vejam abaixo o porquê.
O que a ciência diz a respeito desse método de alfabetização?
Dentro do mundo das pesquisas científicas, há muitos escritos sobre o método fônico como uma excelente alternativa voltada para a alfabetização dos pequenos com TEA. Dentre eles, destaca-se as investigações do Dr. Fernando Capovilla, um dos nomes mais celebrados neste meio.
O pesquisador é vinculado à Universidade de São Paulo (USP). Capovilla confirma que a metodologia fônica é ideal porque ela mapeia a fala. Além disso, o professor salienta que cada criança precisa receber um tipo de tratamento adequado à sua necessidade.
Afinal, o que é a metodologia fônica?
Como vocês podem perceber, um dos métodos de alfabetização no autismo que pode ser evidenciado é a metodologia fônica, pois ela não parte somente do nome das letras, mas também dos respectivos sons que elas reproduzem.
Tudo isso significa que os pequenos, quando são devidamente alfabetizados, trabalham a sonorização das letras; eis o motivo da metodologia receber esse nome. Ela parte da ideia de que o som é muito melhor para ser assimilado pelo cérebro.
Vale salientar que tanto esse método quanto as demais respeitam o desenvolvimento cerebral dos pequenos que passam pelo processo de alfabetização. O aspecto cognitivo é o mais favorecido durante essa etapa. Há que se ressaltar o fato de existir todo um direcionamento e uma estratégia envolvida na metodologia fônica; e que precisam ser seguidas de forma regular pelos profissionais a fim de que os resultados sejam satisfatórios.
Existem algumas particularidades na metodologia fônica?
Em se tratando de alfabetização, é impossível não nos aprofundarmos na metodologia fônica. Quando apresentamos o som das letras, percebemos também algumas particularidades. Vejam quais são elas:
– No caso das vogais, o nome das letras já é o som que elas têm, por exemplo: A, E, I, O, U. Quando vamos para as consoantes, temos não só o nome delas, mas fazemos o som que exprimem.
– Aqui temos a letra “F”, mas o som é “ffff”. Por outro lado, quando juntamos “F” com “A” a situação muda e a sonoridade se transforma em “FA”.
– O mesmo ocorre com “L”. O som é “lll” (com a língua posicionada atrás dos dentes superiores). Se acrescentarmos a letra “E” teremos “LE”. Esse passo a passo de construção é muito importante durante a alfabetização no autismo.
Existe recomendação para algum tratamento? Qual o mais indicado para esses casos?
O que podemos recomendar é o comprometimento de um verdadeiro trabalho em conjunto entre pedagogos, psicopedagogos, fonoaudiólogos e médicos. Importante lembrar que a intervenção multidisciplinar é fundamental para que ocorra o desenvolvimento das crianças, dos adolescentes e também dos adultos que convivem com o autismo.
